segunda-feira, 27 de julho de 2009

Abraço de Sangue


Estava escuro e eu não podia enxergar, o frio intenso ardia como laminas entrando em meu corpo e eu não sabia se depois daquilo seria capaz de resistir. Ela estava na minha frente e eu a vi, fria e cruel como sempre foi, intensa e com o coração cheio de sangue, seu ódio me fazia sentir medo e o meu medo alimentava o prazer que a possuía . E em um segundo ela me envolveu, me abraçou e me apertou forte. E eu senti, eu senti as lágrimas que a minha Alma havia derramado elas me queimavam como fogo em chamas descontroláveis. Eu não queria deixar o que eu tinha, mas ela foi capaz de dominar tão rapidamente que não tive escolhas. Puxou e segurou e apertou forte a minha mão, e o espetáculo estava prestes a acabar. Mas alguns minutos, e se ouviria os gritos, se enxergaria a agonia nos olhos dos inocentes e o medo dos deixados para traz. Então o último passo foi dado, ela me cobriu e me envolveu em baixo de si, na minha mente não me veio mas nada, só que ela me amava agora, me amava aquele instante e me amou durante toda minha vida como nunca foi capaz de amar ninguém.

E foi a morte mais rápida e dolorosa que foi capaz de tomar conta de mim, e assim como ela me amou, eu aprendi a amar ela.

2 comentários:

Gregory Malthus disse...

perfeito texto, amor. *-*'

Gaspard U. Roxx disse...

adorei *-*

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