
Jey nasceu em um pequeno Hospital em Pittsburgh. Sua mãe não resistiu ao parto e na hora faleceu, era mãe solteira. Matheu quando descobriu a gravidez de Milene, a deixou e foi morar na Califórnia pois havia recebido uma proposta de trabalho. Jey saiu do hospital com algumas semanas e foi para um orfanato. Lá viveu parte de sua vida, todos os dias se deparando com crianças abandonadas de rua chegando naquele lugar, Lágrimas escorrendo de rostos inocentes,gritos de sufoco e dores por castigo. Era rebelde,sempre arranjando brigas e confusões,seu corpo inteiro era marcado por surras, e em seu rosto só haviam marcas de tristeza.
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Aos 9 anos de idade de lá fugiu . Não tinha abrigo, algum lugar pra ir ,nem dormir. Caminhou de cabeça baixa por alguns instantes,refletindo sobre o que iria fazer. Jey não conhecia o mundo a fora, ainda era uma criança,não tinha idéia de seus atos ou atitudes.Depois de caminhar por algumas horas naquela cidade desconhecida e assustadora sentou-se em um banco . Avistou um homem alto, trajes sociais, elegante e serio , tal homem o olhou de um modo como se quisesse que aquelegaroto com medo no olhar fosse seu, segurou a sua mão e o levou pra casa.2 anos se passaram, e na sua festa de aniversário, aquele suposto homem que agora seria seu pai, se embriagou , espancou sua suposta ‘mãe’ até a morte e depois cometeu suicídio. Como reagir aquilo? O que fazer? Agora era diferente. Ele não era mas uma criança era um adolescente ,o que fazer depois de perder as únicas pessoas que tinha no mundo, qual a reação? em um segundo 4 anos de sua vida desaparecerá de um instante para o outro.Aos 14, registrou a segunda perda de sua vida. Sua revolta chegou a ser tão grande, que tal se tornou frio e sem sentimentos, não amava, não chorava, não sorria, não tinha nada na sua vida, era sem sentido, foi pra rua e começou a usar drogas. Foi dependente químico por vários e vários anos, Morava na rua, roubava dali e roubava daqui, sobrevivia como podia.
Quando tinha 17 anos, mal sabia mas sua vida estava prestes a mudar.Passando pela rua vazia e escura em uma noite calma, sob céu negro e estrelado, a brisa do vento o trazia lembranças do que nunca teve, para alguém que não conhecia sentimentos , aquele momento foi algo que o rasgou por dentro, sentia falta do que não tinha , continuou caminhando, até que seus olhos se cegaram , quando ele viu naquela noite calma , fria e escura, aquele rosto. Ela estava sentada , segurando seus joelhos com os braços, era magra, olhos negros como a noite, cabelo preto curto e liso, sua inocência tomava conta do seu rosto, branco e pálido. Jey ficou paralisado com tanta perfeição por alguns instantes, seu coração quase saltava de seu peito... o que era aquilo?,que sentimento era aquele, não sabia de nada, não conhecia nada. Ela o olhou por alguns instantes, levantou a cabeça e sorriu, seu corpo queimou por dentro, parecia que naquele momento tal criatura vazia havia conhecido o amor. Mas amor? O que era amor para Jey?
Amor era ver uma menina sentada em um banco pelo meio da rua e se fascinar a ponto de esquecer de tudo e só visualizar aquilo , ali naquele momento? Não sabia, mas tinha certeza que era algo que nunca ninguém o fez sentir antes. Todos os dias, ia no mesmo lugar na mesma hora, só para ver o sorriso daquela doce criatura. Certo dia ao passar ali para a observar como de rotina , aquele sorriso não viu. Aquele banco se tornou tenebroso e sombrio. Ela não estava lá,ela não estava. Aquele instante Jey inaugurou outro sentimento... O medo. Mas medo do que? Medo de estar amando alguém que no fim das contas era apenas um sonho ... Ou medo de perder aquilo, que nem se quer tinha? Aquilo se repetiu, dia após dia, semana após semana, e aquele banco continuava escuro e sombrio... até que com o tempo, ele decidiu jogar fora, todos aqueles sentimentos, já não tinha nada na vida mesmo, talvez aquilo não o fosse fazer falta.
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Aos 18, sua vida estava totalmente perdida. Enquanto estava jogado no chão do asfalto injetando heroína em seu corpo, reconheceu tal rosto que saia da parte escura daquele lugar e vinha em sua direção. Era ela, era ela mas linda e perfeita do que nunca , com o tempo seus lindos cabelos curtos haviam crescido, valorizando ainda mas seu belo e pálido rosto. Jey proporcionou ao seus olhos o conhecimento de lágrimas. ela rapidamente abaixou-se segurou na sua mão , o olhou serio e disse solenemente baixo “ senti a tua falta”.Aquele adolescente, agora era um homem,completo e formado, pois depois do que havia acontecido começaram a ter um caso. Dias após ele arranjou um emprego, alugou um apartamento, e conheceu o significado da palavra ‘felicidade’ . Jey ia buscar Lavinia todos os dias na escola. Ele chegava segurava em sua mão apertava forte,como se quisesse dizer ‘eu não quero te perder nunca mais’ , e ela sorria novamente para ele. Quando tinha 19 anos, sua vida não havia mudado , era feliz, porém agora eram casados, Lavinia estava em seu ultimo ano escolar, e ele todo dia na porta da escola. Outubro de 1986 eram os últimos meses de aula de Lavínia , ao chegar para busca- La viu um certo tumultuo , todas aquelas pessoas se esmagando e se empurrando , pareciam mais animais em volta de alguém caído no chão, a curiosidade o bateu e foi ver o que era, e quando chegou não acreditou no que via, naquele momento parecia que haviam arrancado o seu coração de seu peito, nunca em sua vida medíocre havia sentido tanta dor quanto naquele momento Lavinia havia sido atropelada por um ônibus escolar . A caminho do hospital não foi forte o bastante para suportar. Jey viu pela 2 vez em sua vida, os olhos das pessoas que mais amava , se fechar.Nunca mas sorriu, nunca mais amou, nunca mais chorou, nunca mais sentiu dor. Hoje ele é apenas mas um drogado que vive jogado pelos cantos escuros e sombrios das ruas, bom ele não vive , porque sem ela não há vida.
Ele apenas existe